quarta-feira, 16 de março de 2011

REPÚBLICA DO SAMBA – Memória e História da Cultura 
(Mauro Viana)
 
Projeto jornalístico multimídia: vídeo, jornalismo e música, em 3 tempos: passado, (vídeo), presente (talk-show) e futuro (música). Este formato integra e aproxima, no mínimo, 3  gerações e celebra a cultura do samba através de 3 momentos históricos. Para isso,  faz homenagens aos seus artífices resinificando a figura do mais velho (ancestral-padrinho),  abrindo espaço para o contemporâneo (convidado-presente) apontando para o futuro (novo talento).
O República do Samba nasceu do programa AWO-DUDU (Pele Negra – TV –Brasil – 1998). Revista eletrônica, o programa foi uma janela para veiculação do continente e da diaspora africanos, a partir da produção  do conhecimento.A continuidade do projeto, entretanto, ficou sob a dependência do Departamento de Marketing da emissora. Ou seja: patrocínio era a condição básica para a sobrevivência de Awo-Dudu. Passaram-se 6 meses e, nada de patrocinador. Na qualidade de produtor e âncora do programa, resolvi formatar um projeto temático e procurar outros espaços para viabilizá-lo. A idéia inicial era levar o projeto às comunidades. As dificuldades históricas emperraram nossas pretensões. Daí, o que fazer? “Diz que fui por aí... com a determinação debaixo do braço”... Na peregrinação pelos centros culturais do Rio de Janeiro, deparei-me com o Espaço Multimídia do Museu da República.
No dia 7 de maio de 1999, nasce o Afro-talk-Vídeo, cujos  primeiros convidados foram  a filósofa HELENA THEODORO e compositor WALTER ALFAIATE. Na seqüência vieram MUNIZ SODRÉ, (Teórico da Comunicação e atual Presidente da Biblioteca Nacional), NEI LOPES, IVANIR DO SANTOS (Ceap), ZEZÉ MOTTA, JUREMA BATISTA, RUTH DE SOUZA, JORGE COUTINHO, ZÓZIMO BULBUL, ZECA LIGÍERO (Diretor de Teatro e Escritor), NILCEMAR NOGUEIRA (Neta de Cartola), MARÍLIA BARBOZA  (Biógrafa de Cartola, Paula da Portela, Silas de Oliveira, Pixinguinha).
No ano seguinte, o jornalístico alcançou as culturas de vários países do tanto do continente africano,  quanto da diáspora. Depois vieram às visitas às  regiões brasileiras com destaque para culturas de matriz africana. Em 2002, um novo formato nos leva à cultura musical do Caribe, Estados Unidos, América do Sul e África.  Depois de mergulhar no Zouk, Jazz, Blues, Reggae e Samba, o público (através de pesquisa) escolheu a cultura do samba com tema fixo e permanente. Eis que nasce, então, o REPÚBLICA DO SAMBA – vídeo, jornalismo e música.
REPÚBLICA DO SAMBA,  10 anos de Museu-Vivo.
Na galeria do República do Samba brilham: ALDIR BLANC, WALTER ALFAIATE, MOACYR LUZ, BETH CARVALHO,  TIA SURICA, SEU ARGEMIRO,  SEU JAIR DO CAVAQUINHO, (Velha Guarda da Portela), famílias de CARLOS CACHAÇA, ZÉ KETY, BUCY MOREIRA, CARTOLA, SILAS DE OLIVEIRA,  MANO  DÉCIO DA VIOLA. Tem ainda: DORINA, RUBEM CONFETE, VELHA GUARDA MUSICAL DE VILA ISABEL, ALA DOS PERIQUITOS DA MANGUEIRA, ALA DOS BOEMIOS DA MANGUEIRA, GRUPO VILLA-LOBINHOS,  CLAUDIO CAMUNGUELO, JORGINHO CHINA, MÁRCIA MOURA, NEGRAS RAÍZES, BALUARTES DE TURIAÇU, BATUQUE NA COZINHA, BATIFUNDO, SURURU NA RODA, CASUARINA, SAMBA NA FONTE, PRIMITUDE e muito...muito
Carla Barros  / ICCA - Assessoria de Comunicação

0 comentários:

Postar um comentário